“Como é que conheci o amor da minha vida?” – pergunta Macaco Adriano em jeito retórico e com bonomia. Acende novamente o cachimbo e responde: "Foi de forma súbita e explosiva como alguns amores, apesar de já andar de olho nela há muitos anos."
“Tudo começou quando o Big Show Sic acabou e tive de abandonar o ramo do audiovisual por uns tempos, fiz trabalhos temporários, fui a dinâmicas de grupo para call centers, enfim, o costume. Um dia o meu agente chamou-me aparte e disse que havia um papel indicado para mim, eu! Actor, outra vez! Deu-me uma coisa para a mão e disse “só tens é de tomar isto.” e piscou-me o olhou.
Eu, meio desconfiado mas já a imaginar-me frente às câmaras outra vez, olhei para o que parecia ser uma pastilha, dizia Super Gorila e era de banana, era quadrada e volumosa. Trinquei, era densa e saborosa passado 3 minutos de “mascanço”. Olhei-me ao espelho, parecia o King Kong, juro! Subi à Torre dos Clérigos e ao fazer um balão por puro divertimento, vi-a, lá dentro, o meu querubim de tez perfeita e sorriso celestial. Era ela, Belle Dominique. Depois alguém disse “arrebenta a bolha” e ela olhou-me, eu olhei-a e foi assim como um clique que lhe deu. Ela disse-me no seu jeito inocente mas brincalhão “Adriano, sê o meu King Kong.” E foi assim. Estamos juntos há umas quantas Primaveras. “
Texto: Cláudia Zafre
Montagem: Priscilla Fontoura