Um filme que ilustra de forma
extremamente tocante e onírica uma história análoga à de Pinóquio.
Neste filme, a personagem principal é um amigo imaginário de uma criança que se torna uma pessoa real mas inocente e ingénuo relativamente aos problemas que lhe surgem pelo caminho.
É mais um rebento do movimento
criado por Lars Von Trier, o dogma 95 que acabou por originar filmes muito
interessantes como é o caso deste.
O actor principal, Nicholaj
Lie Kaas interpreta na perfeição um ser imaginário tornado humano que através
da mimética tenta criar ligações com os seres humanos que vai conhecendo ao
longo da narrativa.
A narrativa contém um mix
perfeito entre drama e comédia negra, ilustrando e sublinhando as fragilidades
do ser humano, os seus medos e inseguranças.
Vi este filme depois de ter
passado 6 horas seguidas a jogar sims no pc. A minha boneca atingiu pontos
máximos de carisma por falar em frente ao espelho, no entanto, morreu queimada
depois de fazer o que me pareceu ser uma pizza congelada no forno, devia ter
investido mais nos cooking skills, de qualquer forma, fez-me reflectir e pensar
que estava a perder demasiado tempo a jogar sims e devia tentar ligações
humanas como a personagem do filme. No início, custou um pouco, porque sempre
que me via envolvida em diálogos estava sempre à espera que aparecessem as
barrinhas verdes por cima da cabeça das pessoas mas com calma a coisa chega lá,
chega sempre.
TEXTO: CLÁUDIA ZAFRE