Pai Eterno,
Cala as vozes que causam rebuliço, iras e contendas
E me faz sangrar o nariz
Quando recordo o que me comove
Se tudo me pesa
E Não é só o corpo,
Não são os pés que se arrastam,
Ou as pernas que doem com a indolência dos dias,
São aqueles sonhos em que me sopra ao ouvido,
Porque vê em mim o seu reflexo.
São os amores inúteis e vaidosos
Que se apagam logo faça frio na floresta
Fagulhas que voam para longe apagadas no céu escuro
É tudo isso, mais a vergonha de uma cara que nunca recordo
Nem se olhar o espelho.
E as melancolias escondidas também reprimidas
Por amor a ti.
Fizeste as noites mais curtas
E os dias mais longos
Quando me fizeste nascer
Os meus desejos maliciosos que isso nunca tivesse acontecido.
Não me deixes tentar pela violência,
Nem ter sede de sangue
Mas só de água.
Deixa-me ir para casa.
Sem amores perfeitos, romances de cólera e sangue,
Berros de feras feitos em acusações
Que não me deixam repousar
Tem o dia 24
Três partes de oito