GRUNGE IS NOT DEAD Resumo O som originário de Seattle que cedo passou a ser chamado de Grunge teve vários pioneiros, percursores e a...

PUNK NAMORA COM GRUNGE E DÁ THE GITS

GRUNGE IS NOT DEAD


Resumo
O som originário de Seattle que cedo passou a ser chamado de Grunge teve vários pioneiros, percursores e aficcionados. Houve bandas que chegaram ao mainstream como os fantásticos Nirvana, L7 (mais por causa do seu hit single “Pretend we’re dead”) e Babes in Toyland mas muitas outras bandas passaram por baixo do radar das grandes editoras e do grande público.

Palavras chave: Grunge, Seattle

1- Introdução aos The Gits
Banda liderada por Mia Zapata que com a sua voz bluesy fez com que a música deste quinteto se destacasse das inúmeras bandas que tocavam ao vivo em Seattle em meados dos anos 90. Editaram apenas dois discos de estúdio “Frenching the bully” e “Enter: the conquering chicken” que ilustram bem a fusão enérgica de punk-rock com grunge e a voz inconfundível de Mia Zapata que os tornaria uma das bandas mais autênticas da cena Grunge. Infelizmente, não chegaram a gravar mais álbuns devido ao final trágico e triste de Mia que a 7 de Julho de 1993 foi agredida violentamente e assassinada, marcando o final muito precoce de uma das vocalistas mais interessantes e carismáticas da altura. No entanto, a sua voz pode continuar a ser ouvida nos dois discos de originais que continuam a ser dos mais criativos e bem tocados do género. Viva Zapata.


Não têm muito a ver com Napalm Death mas partilham também uma certa excelência em termos musicais. Formados em meados dos anos 80 e apontados como um dos percursores da sonoridade Grunge, editaram 9 discos de estúdio e desenvolveram ao longo dos anos um som próprio que vagueia pelo punk, inevitavelmente grunge e até blues. Algumas vezes pesado e outras algo leve, não perdem a sua carga emocional e por vezes, melancólica.


Banda com um som tipicamente grunge mas formada em Chicago, editaram apenas um disco de originais e uns quantos singles. Apesar de serem de Chicago carregaram o som típico de Seattle misturando-o com algum Southern rock criando uma mistura interessante e original.


Banda formada em Seattle no final dos anos 80, editaram apenas um disco de originais pela Subpop sendo um dos discos que menos vendeu da conhecida editora. Apesar do reduzido número de vendas, o disco é cheio de temas angsty, corrosivos e bem afirmativos do que o Grunge representa. Guitarras distorcidas, letras introspectivas mas rebeldes e vocalizações próximas do punk rock mas com um certo tom ácido. Essencial para fãs do género.


5 – Conclusão
Existe um universo inteiro de bandas que contribuíram para definir e mostrar ao mundo a verdadeira sonoridade Grunge que acabou por ficar definida na imagem do lendário Kurt Cobain e Nirvana que ofereceram ao mundo autênticos hinos de uma geração à rasca mas sem problemas em exprimir o seu descontentamento e angústia interior. Grunge pode ter tido uma existência curta debaixo das luzes da ribalta mas o espírito continua vivo e vibrante em todas as bandas dos anos 90 que continuaram a tocar, trazendo a uma sonoridade punk rock a introspecção necessária para fazer do grunge um dos estilos musicais mais existencialistas e verdadeiros da história da música. 

TEXTO: CLÁUDIA ZAFRE