A primeira parte deste concerto coube a Alek Rein (Alexandre Rendeiro). Ao contrário do concerto anterior a que assisti, também aqui na ZDB por altura do lançamento do seu disco “Mirror lane”, apresentou-se desta vez a solo numa versão unplugged. Apenas com a sua guitarra acústica, que toca de forma aprimorada, as canções perdem o seu tom mais psicadélico, mas ganham uma outra vida numa vertente mais folk e intimista onde, liberto da eletricidade instrumental, o universo imaginário das letras de Alek ganha um maior destaque. Durante cerca de 30 minutos foi essa transmissão duma sua visão muito pessoal do mundo que recebemos. Uma atuação sem falhas e onde me pareceu que se sente cada vez mais à vontade em palco. Para mim o destaque, a haver um, vai para The Magic Fiddle. Alek Rein é um musico que gostarei de ver sempre que tiver oportunidade.
Foi também sobre a intimidade que Katie Von Schleicher cantou durante um pouco menos de uma hora, tendo-se sempre mostrado muito simpática e comunicativa. Aqui e ao invés de Alek, nas suas reflexões pessoais o imaginário dá lugar à frustração, ao sentimento de desalento, à vontade de romper com o sombrio e sublimar as tristezas. Pela primeira vez em Portugal, Katie Von Schleicher (voz, guitarra e teclados) fez-se acompanhar por Adam Brisbin (guitarra) e Justin (bateria).
Ao vivo, a quietude das canções de tom sombrio, ganham um som mais “heavy”, mais elétrico, mais rock do que em disco. Alternando canções mais calmas com outras em que a explosão elétrica dominou, foi um concerto interessante, mas que não me causou o impacto que esperava em função do que tinha ouvido em registo discográfico. Ficou, no entanto, a vontade de voltar a assistir a um novo concerto. Com alguns momentos altos, o meu destaque vai para “Life’s a lie”.
TEXTO: JOSÉ MARQUESAo vivo, a quietude das canções de tom sombrio, ganham um som mais “heavy”, mais elétrico, mais rock do que em disco. Alternando canções mais calmas com outras em que a explosão elétrica dominou, foi um concerto interessante, mas que não me causou o impacto que esperava em função do que tinha ouvido em registo discográfico. Ficou, no entanto, a vontade de voltar a assistir a um novo concerto. Com alguns momentos altos, o meu destaque vai para “Life’s a lie”.
IMAGEM e VÍDEOS: JOSÉ MARQUES
LOCAL: ZDB, Lisboa
DATA: 19 de Maio, 2018