segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Diário de Bordo: #6 (Outubro)

Outubro é mais um mês com uma grande e variada oferta de concertos. Tempo e dinheiro vão voltar a ser as variáveis para resolver a equação. Marcados na minha agenda estão já estes, mas imagino que outros a irão enriquecer. 

Dia 1 – Concerto Quase Surpresa Éme e Primeira Dama – Estação do Metro do Cais do Sodré 21h


Foto: Facebook do evento

Numa parceria da revista o Gerador com o Metropolitano de Lisboa, celebra-se o Dia Internacional da Música com um concerto gratuito a cargo de dois nomes da nova geração da música portuguesa, Éme e Primeira Dama.

Éme (João Marcelo) deverá apresentar maioritariamente temas do seu quarto álbum, Domingo à Tarde, lançado o ano passado com produção de B. Fachada e onde está patente uma forte inspiração na música tradicional portuguesa. A solo ou com banda, uma boa oportunidade para ver ao vivo este músico lisboeta.


Primeira Dama (Manuel Lourenço), já com dois discos editados, irá trazer a sua pop melódica e melancólica, aqui e ali polvilhada com um suave toque de psicadelismo. Mariana e Rita deverão ser alguns dos temas a ouvir.

Dia 5 – FIRE! Mats Gustafsson, Johan Berthling, Andreas Werliin na ZDB 22h

Foto: Facebook do evento 

O trio escandinavo Fire! vai inundar a ZDB com o seu som poderoso, mescla de free jazz, rock psicadélico e noise. Mats Gustafsson (saxofone), Johan Berthling (baixo) e Andreas Werlin (bateria) tocam juntos há quase dez anos e editaram já uma dúzia de discos. Explosivo. 

Dia 6 – Magafest 2018 na Casa Independente 18h

Foto: Facebook do evento 

Quarta edição deste evento organizado por Inês Magalhães. Culminar anual das MagaSessions, concertos, onde já tive oportunidade de estar presente, que decorrem no ambiente acolhedor e intimista na casa da Inês. Para este festival a casa da Inês “muda-se” para a Casa Independente no Intendente, tendo em cartaz três dos melhores músicos nacionais: Bruno Pernadas, Marco Franco e Norberto Lobo. Das 18h às 2h vai ser possível ouvir música de altíssima qualidade numa maior proximidade com os seus executantes e conviver num ambiente descontraído. Imperdível.

Dia 14 - Encontrão A Besta na Estudantina de S. Domingos de Rana 17h

Foto: Facebook do evento

Às 17h, munido de protetores de ouvidos, rumo aos meus vizinhos da Estudantina para, até às 21h, levar com uma generosa dose de música experimental, black metal e noise. Concerto / festa organizado pelo colectivo A Besta, cuja editora se dedica à música experimental e fora dos parâmetros mais normativos. Bleandante, Gásmo e Astronauta Desaparecido serão as bandas presentes. 

Dia 20 – Anna Calvi no Capitólio 21h

Foto: Facebook do evento 

Com o terceiro disco na bagagem, a inglesa regressa a Portugal. Hunter é um excelente registo e adivinho mais um grande concerto. Guitarrista virtuosa, traz-nos a sua pop simultaneamente negra e romântica, com uma forte carga sexual. Aguardo com muita ansiedade e expectativa.

Dia 23 – Damien Jurado + Sean Riley no Musicbox 21h30m

Foto: Facebook do evento 

O mais recente disco de Damien Jurado, The Horizon just Laughed, está também na lista dos melhores que ouvi este ano. Com vinte anos de carreira, o americano de Seattle traz-nos o seu indie rock de matiz folk e tenho a certeza que vai encantar. Na primeira parte vamos ter Sean Riley, o projecto a solo de Afonso Rodrigues, que este ano editou um disco totalmente acústico gravado em viagem pelos E.U.A e que foi produzido por Paulo Furtado.

Dia 25 – Kurt Vile & The Violators no Lisboa Ao Vivo 21h

Foto: Facebook do evento

O músico de Filadélfia regressa a Portugal para apresentação do seu novo disco a solo. Depois de no ano passado ter editado um disco em colaboração com Courtney Barnett, Bottle it In tem saída prevista para dia 12 deste mês. Tenho boas recordações dos concertos anteriores, pelo que suponho será outra vez uma navegação musical serena entre o indie rock e o indie folk. Espero um bom concerto, mas sem grandes surpresas.

Dia 27 – Iceage + Palmers no Musicbox 21h30

Foto do Facebook

Beyondless, o quarto disco dos dinamarqueses Iceage, é mais um dos grandes discos deste ano. Com um som mais polido do que nos álbuns anteriores, onde até o jazz está presente, o quarteto projeta-se bem para lá das barreiras do punk e do pós-Punk. À semelhança do disco, um grande concerto em perspectiva. Primeira parte a cargo dos Palmers, uma banda das Caldas da Rainha que são uma incógnita para mim. 

TEXTO: JOSÉ MARQUES