Integrado no Lisbon & Sintra Film
Festival, estreou no dia 20 deste mês o documentário "Ainda Tenho um sonho ou dois: A História
dos Pop Dell'Arte" da autoria de Nuno Galopim e Nuno Duarte (“Jel”), o filme com
duração de 54 minutos aborda a carreira de uma das bandas mais inovadoras da
música moderna portuguesa. Mais do que uma banda e tal como é referido no
documentário, os Pop Dell’Arte são um projecto em constante construção há mais
de três décadas, sem darem mostra de transigências. Prova disso são os seus
concertos onde músicas antigas surgem quase sempre com novas roupagens.
Nascidos na década de 80 no bairro lisboeta de Campo de Ourique, o primeiro reconhecimento público surge com o Prémio de Originalidade na segunda edição do 2º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Apesar de nunca terem alcançado o sucesso mediático de outros, o lugar de destaque que ocupam na história da música em Portugal é inatacável.
A história desta banda é indissociável da do seu fundador e grande mentor João Peste. Assim, não é só a história dos Pop Dell’Arte que se conta aqui, mas também de outros projectos musicais paralelos de João Peste e da Ama Romanta, a editora discográfica independente que criou em 1986 e onde gravaram nomes como Mão Morta, Sei Miguel, Anamar, Mler Ife Dada, Telectu, Linha Geral. Para contar esta história, os autores entrevistaram João Peste, membros e ex-membros do grupo como José Pedro Moura, J P Simões, Ondina Pires, Rafael Toral, Paulo Salgado, Paulo Monteiro, Nuno Castêdo, Nuno Rebelo, Luís San Payo, jornalistas que acompanharam o nascimento da banda como Manuel Falcão e Luís Maio (pena não haver um depoimento da época por parte de António Sérgio) e outros músicos como David Fonseca. Para além dessas entrevistas, recorreram aos arquivos da RTP onde recuperaram entrevistas a João Peste, telediscos (ainda não se chamavam videoclips) e vídeos inéditos de sessões de gravação.
Nascidos na década de 80 no bairro lisboeta de Campo de Ourique, o primeiro reconhecimento público surge com o Prémio de Originalidade na segunda edição do 2º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Apesar de nunca terem alcançado o sucesso mediático de outros, o lugar de destaque que ocupam na história da música em Portugal é inatacável.
A história desta banda é indissociável da do seu fundador e grande mentor João Peste. Assim, não é só a história dos Pop Dell’Arte que se conta aqui, mas também de outros projectos musicais paralelos de João Peste e da Ama Romanta, a editora discográfica independente que criou em 1986 e onde gravaram nomes como Mão Morta, Sei Miguel, Anamar, Mler Ife Dada, Telectu, Linha Geral. Para contar esta história, os autores entrevistaram João Peste, membros e ex-membros do grupo como José Pedro Moura, J P Simões, Ondina Pires, Rafael Toral, Paulo Salgado, Paulo Monteiro, Nuno Castêdo, Nuno Rebelo, Luís San Payo, jornalistas que acompanharam o nascimento da banda como Manuel Falcão e Luís Maio (pena não haver um depoimento da época por parte de António Sérgio) e outros músicos como David Fonseca. Para além dessas entrevistas, recorreram aos arquivos da RTP onde recuperaram entrevistas a João Peste, telediscos (ainda não se chamavam videoclips) e vídeos inéditos de sessões de gravação.
Após a exibição do filme estava prevista uma conversa com os Pop Dell’Arte. Devido a doença de João Peste, essa conversa não aconteceu, tendo esse momento ficado reservado para os autores explicarem a origem e processo de criação do filme. Aí ficou claro que a sua intenção não era só o de satisfazer os fãs incondicionais que sempre acompanharam a banda. Têm também o propósito de reavivar a memória de outros que dela se desligaram e o de dar a conhecer a quem deles nunca ouviu falar. Em menos de uma hora era difícil, mas penso que o conseguiram. Com fotografia competente de Guilherme Cabral e Gustavo Lopes, este documentário da produtora Dream Big para a série Antena 3 Docs irá ser exibido na RTP2 no próximo dia 29 às 00h35m, ficando depois também disponível nas plataformas digitais da RTP e Antena 3. Um documento cuja visualização é indispensável por quem ainda sente que: Arriba! Avanti! que eu ainda tenho um sonho ou dois.
TEXTO : JOSÉ MARQUES