Apesar das obrigações que o delta ditava, Robert Johnson contrariou o destino e fez da sua guitarra o campo que teria que lavrar para tocar e cantar o Blues. Na primeira oportunidade que encontrou para apresentar as suas canções, foi vexado pelo público "experiente em Blues" que o assistia a tocar na sua guitarra de 4 cordas, muito mediocremente, apesar de, na altura, ser um bom tocador de harmónica. A partir daí, desapareceu da sua região durante um ano e meio. Ao longo do documentário alguns testemunhos são prestados, inclusivamente do seu neto Steven Johnson, que só aos 50 anos descobre que é descendente do músico. Johnson influenciou vários músicos, Bob Dylan, Keith Richards, Eric Clapton e Robert Plant fazem parte dessa lista.
Poderia pensar-se que no filme O Brother, Where Art Thou?, escrito pelos Irmãos Coen e realizado por Joel Coen, a referência a Robert Johnson é feita com o personagem Tommy Johnson, mas, de facto, trata-se de outro músico. Na verdade, Robert Johnson não foi o primeiro músico de Blues que supostamente aprimorou as suas habilidades com a ajuda do "Príncipe das trevas". Um ex-guitarrista chamado Tommy Johnson - que não é parente de Robert Johnson, mas cresceu no mesmo estado do Mississippi - teve a sua guitarra afinada pelo próprio diabo, quando o encontrou na encruzilhada. O diabo pergunta por que Tommy trocou a sua alma eterna, Tommy responde que não a estava a usar para nada. (Uma biografia de Tommy Johnson inclui uma entrevista com o seu irmão, que diz que Tommy contou pessoalmente a história desse encontro.) Dos 29 temas que R. Johnson gravou, antes da sua morte prematura, constam Terraplane Blues, Cross road Blues, Come on in my Kitchen, Walking Blues.
Poderia pensar-se que no filme O Brother, Where Art Thou?, escrito pelos Irmãos Coen e realizado por Joel Coen, a referência a Robert Johnson é feita com o personagem Tommy Johnson, mas, de facto, trata-se de outro músico. Na verdade, Robert Johnson não foi o primeiro músico de Blues que supostamente aprimorou as suas habilidades com a ajuda do "Príncipe das trevas". Um ex-guitarrista chamado Tommy Johnson - que não é parente de Robert Johnson, mas cresceu no mesmo estado do Mississippi - teve a sua guitarra afinada pelo próprio diabo, quando o encontrou na encruzilhada. O diabo pergunta por que Tommy trocou a sua alma eterna, Tommy responde que não a estava a usar para nada. (Uma biografia de Tommy Johnson inclui uma entrevista com o seu irmão, que diz que Tommy contou pessoalmente a história desse encontro.) Dos 29 temas que R. Johnson gravou, antes da sua morte prematura, constam Terraplane Blues, Cross road Blues, Come on in my Kitchen, Walking Blues.
A vida de Johnson não foi fácil. Viveu com a sua mãe e com o seu padrasto numa casa muito humilde na estado do Arkansas. Aos 18 anos apaixonou-se por Virginia, cuja família era muito religiosa, com quem viria a ter um filho. Quando Virgina deu à luz, Johnson estava ausente em digressão, e assim que foi ao seu encalço, Johnson encontrou a sua mulher já enterrada a 7 palmos de terra, momento que nunca mais superou.
Após o desaparecimento de Johnson, surgiram muitos mitos criados pela comunidade. Depois de um ano e meio, o incógnito Johnson reapareceu com a sua guitarra transformada com 7 cordas para tocar frente ao público que outrora o tinha vexado. Este novo Johnson dominava a guitarra como ninguém, baixos e solos eram tocados simultaneamente ao ritmo da mesma mão, enquanto as bocas do público espalhavam que o músico teria feito um pacto com o diabo, por tocar com tanta mestria num tão curto espaço de tempo. Diziam que teria vendido a alma ao diabo em troca de talento e fama. Mas... quando se faz um contrato com o diabo, há um preço a pagar. E assim aconteceu... Mito ou não, Robert pagou o preço e morreu envenenado aos 27 anos, juntando-se ao clube dos 27.
Imagens: Frames do doc. Devil at the Crossroads, Brian Oaks