Género: alternativo, rock, indie, electrónico, new wave
Banda: Bardino
Lançamento: 25 de Agosto, 2020
Editora: Saliva Diva
https://salivadiva.bandcamp.com/album/centelha
Banda: Bardino
Lançamento: 25 de Agosto, 2020
Editora: Saliva Diva
https://salivadiva.bandcamp.com/album/centelha
Este tempo de pandemia mostra o reverso da moeda (positivo), pois foi e (ainda) é possível concentrar parte do tempo para a criação de um álbum. Não sabemos se foi esse o factor que estimulou o acto de criação, mas, sem dúvida, não obstante todo o cenário desmotivador, continua a ser um momento que convida à introspecção e ao ócio, isto é, à contemplação das ideias.
Dia 4 de Agosto o single Baleia de Centelha foi lançado — o longa duração de estreia dos Bardino, que sucede ao EP homónimo lançado em 2017. Centelha é, finalmente, lançado hoje, dia 25 de Agosto, com o selo da editora portuguesa, que nasceu no início de 2020, Saliva Diva.
Do latim scintilla, o disco dança ao sabor da sintonia do disco, cujo início se dá num ambiente atmosférico. Volição é iniciado com o instrumento rítmico num sentido exploratório, cruzando-se entre o funk e o jazz. Centelha não precisa de voz para se fazer sentir e ouvir, apesar de se ouvir aqui e ali, é um disco pensado do princípio ao fim, com temas em que o baixo assume muitas vezes o lugar de protagonista sem ofuscar o papel relevante dos sintetizadores e dos ritmos. Zona surpreende a meio da viagem com explorações sonoras que fogem do percurso direccional.
Os detalhes da produção do disco são como a cereja no topo do bolo — construído e pensado ao detalhe. Bardino leva-nos a bandas como Tiny Fingers e Tatran, no que respeita ao território nacional a uns Orelha Negra, principalmente quando se escuta Baleia, um tema imersivo cheio de ambientes paisagísticos e atmosferas electrónicas.
© Bardino, Centelha |
Centelha, Volição, Clarão, Zona, Limbo, Baleia, Casulo, Fumo, Sombra, além de serem os temas escolhidos do disco, são também as fases marcadas da narrativa e do conceito, uma espécie de luz que volta para a gruta, para o Eu, para a reflexão.
© Bardino, Centelha |
Diogo Silva (baixo), Nuno Fulgêncio (bateria), Rui Martins (sintetizador, piano eléctrico e vozes) com as participações Pedro Cardoso e Leonardo Outeiro nas guitarras são quem materializam o primeiro longa duração de Bardino. Gravado por Henrique Lopes, nos Estúdios Ruby Discos, em Chaves, assistido por Eduardo Moreira e Bruno Barroso. Misturado por Henrique Lopes e masterizado por Pedro Ledo, Centelha é uma bela proposta para quem precisa de um disco para acompanhar este período de férias, principalmente num 2020 atípico.
Texto: Priscilla Fontoura
Banda: Bardino
Texto: Priscilla Fontoura
Banda: Bardino