Muitas vezes a força motriz do trabalho de um autor ou de uma autora é a sua musa, quem lhes abre a estrada da inspiração criativa para materializar ideias. No caso de Werner Herzog, Klaus Kinski foi quem o inspirou para retratar personagens dos seus filmes. O actor alemão apareceu em mais de 180 filmes, e a sua reputação internacional teve projecção após ter colaborado em cinco filmes do cineasta Herzog: Aguirre, der Zorn Gottes (1972), Woyzeck (baseado na peça de Georg Büchner) (1979), Nosferatu: Phantom der Nacht (1979), Fitzcarraldo(1982) e Cobra Verde (1987). Em 1989 Kinski foi também realizador do filme Kinski Paganini. Quem acompanhou os filmes de Herzog e viu o documentário Mein liebster Feind de Herzog percebe que Kinski teria uma personalidade controversa e colérica, com inesperadas explosões de violência motivadas por insignificâncias que perturbavam toda a equipa de rodagem. Kinski apesar de muito talentoso, representava quase sempre personagens do tipo dostoievskiano: atormentados, fanáticos, violentos, obcecados, intensos, criminosos, apaixonados ou loucos. Por outro lado, era um sedutor insaciável e participava em filmes com o único objectivo de atrair determinada actriz.
Mille Dinesen protagozina a personagem Rita na série homónima dinamarquesa distribuída pela Netflix. Uma profissional que não se verga às intimidações externas, no plano afectivo a situação muda de cenário, as suas fragilidades do passado afectam o seu modo de vida. A actriz dinamarquesa é conhecida por ter participado no filme Nynne (2005).
Texto & montagem: Priscilla Fontoura
Puzzle: SP
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